Na tentativa de produzir vinhos sustentáveis e com sabores mais autênticos, que preservassem o famoso “gosto do terroir”, alguns produtores se voltaram para práticas de produção com o mínimo de interferência de produtos químicos possível.
Dessas práticas, obtemos três tipos principais de vinho: o orgânico, o natural e o biodinâmico.
Mas qual a diferença entre eles? Sendo essa também a nossa filosofia, decidimos explicar um pouco de cada um para vocês!
1 – Vinho Orgânico
O vinho orgânico tem como característica principal a sua linha de produção, sem aditivos ou adubos químicos. Ou seja, as uvas usadas na produção são cultivadas sem o uso de agrotóxicos.
Tudo no solo tem de ser natural, tanto para regular o terreno como para impedir as pragas. Temos de enfatizar também que os vinhos orgânicos possuem certificação de órgãos fiscalizadores de todo o processo.
2 – Vinho Biodinâmico
A produção do vinho biodinâmico leva em conta os preceitos previstos no livro “The Spiritual Foundations of Biodynamic Methods”, do filósofo e esoterista Rudolf Steiner.
Como o nome diz, o método se baseia numa “dinâmica da vida”. Ou seja, ele é pensado para que se harmonizem de maneira natural, no terroir, os elementos minerais, vegetais e humanos.
Nessa fundamentação, o plantio das uvas no método biodinâmico leva em conta desde a rotação natural do solo, as estações do ano e até mesmo as posições planetárias e lunares.
Enfim, alguns aspectos que agem diretamente no ciclo de vida, na tentativa de entrar em harmonia com o cosmo.
3 – Vinho Natural
O vinho natural, como o vinho orgânico, leva em conta a maior naturalização do plantio das uvas.
Aqui, existe o acréscimo de eliminar (ou manter ao mínimo possível) os produtos químicos também na produção da bebida – principalmente a eliminação do enxofre, anidrido sulfuroso. Como não há uma regulamentação específica sobre os vinhos naturais, também não há um método específico.
Assim, fica sob responsabilidade do produtor como será o processo no final das contas. Entretanto, a proposta como um todo é que o vinho seja o mais natural possível, desde a plantação das uvas até a vinificação e o engarrafamento.
Por fim, temos aí três tipos de vinho saídos de três modos de produção diferentes, cujos sabores remontam à autenticidade natural das uvas. Justamente elas, as uvas, são o principal elemento em que se engajam essas três práticas. Justamente elas que farão o diferencial nesses três tipos de vinho.
Chegar ao que há de mais natural e autêntico: isso é o que, enfim, define esses vinhos.
Essa, que é também a nossa filosofia e paixão.